- 14/11/2016 14h46
- Brasília
segunda-feira, 14 de novembro de 2016
Caixa Economica sadável, boa notícia
"Os
negócios da Caixa Econômica estão mais saudáveis", diz vice-presidente
Kelly
Oliveira - Repórter da Agência Brasil
Apesar da queda no lucro líquido da Caixa no
terceiro trimestre deste ano, os negócios do banco estão mais saudáveis, na
avaliação do vice-presidente de Finanças e Controladoria, Osvaldo Cavalcante.
Hoje (14), a Caixa Econômica Federal informou que registrou lucro líquido de R$
998,118 milhões no terceiro trimestre deste ano, queda de 67,1% em relação a
igual período do ano passado (R$ 3,037 bilhões).
Segundo Cavalcante, essa redução
foi influenciada pela mudança na alíquota da Contribuição sobre Lucro Líquido
(CSLL) de 15% para 20%, no ano passado. Com o aumento da alíquota, cresceu o
crédito tributário do banco, em 2015, o que não aconteceu este ano.
O vice-presidente destacou que o
resultado gerado exclusivamente pela operação de negócios do banco, chamado de
resultado operacional, é positivo e foi possível com o aumento do
relacionamento com os clientes, o maior controle da qualidade da carteira de
crédito e a melhora na eficiência das despesas administrativas.
O resultado operacional chegou a
R$ 811 milhões, no terceiro trimestre, e acumulou nos nove meses do ano R$ 1,6
bilhão, com crescimento de 8,7%.
No trimestre, as despesas de
provisão para devedores duvidosos somaram R$ 5,1 bilhões, 16,6% menor se
comparado ao terceiro trimestre de 2015. No acumulado até setembro, essas
despesas totalizaram R$ 15,2 bilhões, redução de 3,4% em relação ao mesmo
período de 2015. Segundo Cavalcante, a redução da provisão é segura porque para
cada R$ 1 emprestado, o banco tem R$ 1,50 reservados para o caso de calote. Ou
seja, o Índice de cobertura é de 150%.
“Nossa carteira de crédito é
concentrada em operações de baixo risco e garantia forte”, destacou. Cavalcante
lembrou que do total da carteira de crédito de R$ 700 bilhões, R$ 400 bilhões
são de financiamento habitacional. Ele citou também o crédito para
infraestrutura e o consignado (com desconto em folha de pagamento),
classificados como de baixo risco de inadimplência.
De acordo com o balanço da Caixa,
o índice de inadimplência encerrou setembro em 3,48%, abaixo da média de
mercado (3,73%). Segundo o banco, esse resultado foi influenciado por um “grupo
econômico específico do setor de óleo e gás”. “Excluído esse efeito, a
inadimplência alcançaria 3,26% e ficaria estável em relação ao trimestre
anterior e ao terceiro trimestre de 2015”, diz o banco.
O vice-presidente também destacou
que o Índice de Basileia do banco encerrou o período em 13,5%. Esse percentual
indica a capacidade do banco de emprestar, levando-se em consideração os
recursos próprios e a ponderação de riscos. O índice mínimo exigido no Brasil é
11%.
Cavalcante disse ainda que o
banco está fazendo seu planejamento para não precisar de injeção de capital do
Tesouro no próximo ano.
Edição: Maria
Claudia
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