- 25/02/2016 09h43
- São Paulo
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016
Os custos subindo no Brasil
Custo da
construção sobe em fevereiro
Marli
Moreira - Repórter da Agência Brasil
Índice Nacional de Custo da Construção do Mercado
(INCC-M) apresentou alta de 0,52% Antonio Cruz/Agência Brasil
O Índice Nacional de Custo da
Construção do Mercado (INCC-M) apresentou alta de 0,52% em fevereiro, variação
superior à registrada em janeiro (0,32%). O avanço foi puxado principalmente
pela mão de obra, que passou de 0,15% para 0,51%. O conjunto dos materiais,
equipamentos e serviços teve elevação de 0,53% ante 0,52%.
O levantamento, do Instituto
Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV), mostra que no
primeiro bimestre deste ano o INCC-M acumula alta de 0,85% e nos últimos 12
meses, de 6,84%.
Em um ano, os gastos com o
pagamento de pessoal foram os que mais pressionaram o custo da construção, com
o índice acima da média (7,3%). Os materiais, equipamentos e serviços subiram
6,3%. Em fevereiro, o INCC-M teve influência do reajuste salarial, em Recife, e
antecipações em Salvador e Porto Alegre.
Houve aumento no ritmo de
correção em cinco capitais: Salvador (de 0,61% para 0,72%); Belo Horizonte, (de
0,27% para 0,37%); Recife (de 1,13% para 2,34%);, Rio de Janeiro (de 0,20% para
0,41%) e Porto Alegre(de 0,31% para 1,42%). Nas duas capitais restantes, as
altas perderam força: Brasília (de 0,17% para -0,01%) e São Paulo (de 0,25%
para 0,22%).
A FGV também divulgou, nesta
quinta-feira (25), a variação do Índice de Confiança da Construção (ICST), que
atingiu 66,6 pontos, o que representa queda de 0,9 ponto percentual sobre o
resultado de janeiro, no menor nível da série histórica. Esta foi a terceira
redução seguida.
Na análise da coordenadora de
Projetos da Construção do Ibre/FGV, Ana Maria Castelo, há tendência de
desaquecimento do setor. “Muitos fatores estão contribuindo para esse cenário,
mas vale destacar que as incertezas no campo macroeconômico têm se mostrado um
dos principais “gargalos” à melhoria dos negócios”, afirmou.
O pessimismo do setor refere-se,
principalmente, ao momento atual. O Índice da Situação Atual (ISA-CST) caiu 1,9
pontos, atingindo 63,6 pontos. Em relação à projeção para os próximos três
meses, medida por meio do Índice de Expectativas (IE-CST), houve recuo de -0,1
ponto, ao alcançar 70,1 pontos.
Edição: Graça
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