O aumento na renda foi mais intenso nas camadas mais pobres da população, o que favoreceu a pequena redução na desigualdade social
domingo, 15 de novembro de 2015
Estamos medindo a realidade?
Desigualdade social cai no país
em 2014, diz Pnad
Por Redação, com Reuters – de Brasília:
O Brasil viu
sua desigualdade social reduzir no ano passado, com ligeira melhora na renda da
população, mas a taxa de desemprego subiu ao maior nível em cinco anos, segundo
a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (Pnad) de 2014 divulgada nesta
sexta-feira.
O índice de
Gini, métrica internacional para medir a desigualdade, baixou de 0,495 para
0,490 entre 2013 e 2014, com base no rendimento do trabalho, informou o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Quanto menor o
indicador, menor a desigualdade.
O aumento na renda foi mais intenso nas camadas mais pobres da população, o que favoreceu a pequena redução na desigualdade social
Segundo o IBGE,
o aumento na renda foi mais intenso nas camadas mais pobres da população, o que
favoreceu a pequena redução na desigualdade social.
– O Gini vem
mantendo, dessa forma, a tendência de redução observada na década passada –
resumiu a economista do IBGE Maria Lucia Vieira.
O rendimento
médio do trabalho dos brasileiros
ocupados com 15 anos de idade ou mais cresceu 0,8% entre 2013 e
2014, passando a R$ 1.774,00.
Mas a
economista ressaltou que “os incrementos ano a ano vem perdendo força no país”,
lembrando que a renda havia avançado 5,5 e 3,9% em 2013 e 2012,
respectivamente.
A região
Nordeste foi a que apresentou a mais forte redução no Gini entre 2013 e 2014:
4,4%, a 0,501. Na região Sudeste, a mais rica do Brasil, o índice que mede a
desigualdade avançou 0,7%, ao passar a 0,478.
A Pnad também
mostrou que a taxa de desemprego no país atingiu 6,9% em 2014, maior nível
desde 2009 (8,3%), ao mostrar os primeiros sinais da deterioração do mercado de
trabalho que se intensificaram em 2015 com a fragilidade da economia.
A elevação foi
resultado da combinação de baixa geração de postos de trabalho e aumento mais
intenso na procura por vagas. A população ocupada no país em 2014 cresceu 2,9%
ante 2013, ao passo que o contingente de desocupados avançou 9,3%.
– A taxa de
desemprego aumentou em 2014 não em função da redução nos ocupados, mas por
conta dos que saíram da inatividade e pressionaram o mercado de trabalho –
afirmou Maria Lúcia.
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