- 15/07/2016 18h17
- 15/07/2016 20h00
- São Paulo
domingo, 17 de julho de 2016
Faixa 1,5
do Minha Casa, Minha Vida será relançada com mudanças no subsídio
Elaine
Patricia Cruz - Repórter da Agência Brasil
Em palestra a empresários do
setor imobiliário e prefeitos de cidades paulistas, o ministro das Cidades,
Bruno Araújo, disse hoje (15) que a faixa 1,5 do Programa Minha Casa, Minha
Vida deve ser relançada até agosto. Segundo o ministro, a meta é contratar entre
40 mil e 50 mil unidades nessa faixa até o fim do ano.
Anunciada em setembro de 2015, na
gestão de Dilma Rousseff, a faixa 1,5 é destinada a famílias com renda entre R$
1,8 mil e R$ 2.350 e oferece subsídio de até R$ 45 mil para financiamento de
imóveis que custem até R$ 135 mil. Segundo o Ministério das Cidades, a faixa
será reestruturada. O subsídio de R$ 45 mil será para famílias com renda de até
R$ 1,6 mil e não de até R$ 1,8 mil. No evento, o ministro adiantou que será
reduzido em cerca de 9% o subsídio para atender mais famílias e viabilizar a
construção de mais unidades habitacionais.
“A proposta reduzirá o subsídio
na faixa 1,5 em cerca de 9%, permitindo o atendimento de maior número de
famílias”, disse o ministro na sede do Sindicato da Habitação de São Paulo
(Secovi-SP).
Já para as faixas 2 e 3 do Minha
Casa, Minha Vida, a expectativa de Araújo é chegar a 400 mil unidades até o fim
de 2016.
Orçamento e inadimplência
O ministro voltou a reclamar da
gestão do ministério e dos programas da pasta no governo da presidenta afastada
Dima Rousseff.
“O Minha Casa, Minha Vida precisa
ser salvo porque o governo afastado deixou o programa com menos da metade dos
recursos de 2015. Nossa missão é salvar o programa. E como vamos salvá-lo? Com
zelo na gestão, mudando o que é preciso mudar para dar mais eficiência,
garantindo a retomada das obras paralisadas, a normalidade da faixa 2 e 3 do
programa, o relançamento da faixa 1,5 com 40 mil unidades este ano.”
Durante a apresentação aos
empresários, o ministro disse que a inadimplência na faixa 1 do programa
habitacional chegou a 25%, considerada por ele “muito alta”. Araújo disse que o
ministério fará uma campanha em parceria com a Caixa Econômica Federal para
combater a falta de pagamento.
“No momento em que a sociedade
brasileira entrega um imóvel praticamente subsidiado a uma família enquadrada
no Minha Casa,Minha Vida e que precisa daquela residência, cobra uma prestação
absolutamente compatível com aquela renda. Mas a inadimplência é de quase 25%,
o que o sistema não comporta. De forma educativa e didática é preciso fazer uma
campanha de esclarecimento inclusive sobre as consequências legais do não
pagamento”, disse.
Segundo o ministro, inicialmente,
a campanha será apenas educativa. “Neste momento não é um movimento de
repressão [aos inadimplentes].”
* Texto
atualizado às 20h após o Ministério das Cidades retificar informação sobre o
subsídio.
Edição: Luana
Lourenço
Marcadores:
Minha Casa,
Minha Vida,
Ministério das Cidades.,
moradia,
subsídio
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