quinta-feira, 24 de dezembro de 2015
Novas soluções para as cidades
Casas
flutuantes independentes podem aliviar cidades
Redação do Site
Inovação Tecnológica - 23/12/2015
Construída sobre uma plataforma flutuante de 13 x 13 metros, a casa tem
134 metros quadrados de área útil. [Imagem: Fraunhofer IVI]
Morar sobre as águas
Casas
flutuantes são comuns na região Norte do Brasil, mas elas sempre foram
associadas à população de renda mais baixa, que não teria outra opção de
moradia.
Engenheiros
alemães discordam dessa visão, e acreditam que as casas flutuantes podem não
apenas ser uma opção de moradia de alta qualidade, como também tornarem-se uma
alternativa para o lazer, uma opção mais versátil para as casas de veraneio.
Além do interesse
da população e de resolver o problema da casa própria, as casas flutuantes
poderiam compor um novo setor econômico envolvendo empresas de pequeno e médio
porte, defende o professor Matthias Klingner, do Instituto de Transporte e
Infraestrutura da Alemanha.
Flutuante e
sustentável
Klingner
lidera uma equipe de engenheiros de várias universidades e empresas privadas
alemãs que se uniram para tornar realidade moradias flutuantes que sejam
confortáveis, energeticamente eficientes e totalmente "amigas do meio
ambiente".
"Esse
tipo de casa flutuante energeticamente autossuficiente não existe ainda. Nós
queremos encontrar uma solução para esse tipo de ambiente," disse ele.
"Ainda
não está pronta", seria melhor dizer, porque um protótipo já está
flutuando, e o projeto prevê que ele seja apresentável aos interessados em
2017.
Vivendo na
água de forma independente
Construída
sobre uma plataforma flutuante de 13 x 13 metros, a casa tem 134 metros
quadrados de área útil, sendo 75 no piso inferior e 34 no superior, além de um
terraço com 15 metros quadrados.
Painéis
solares abastecem a residência com eletricidade durante o dia e geram um
excedente que é armazenado em baterias de lítio para garantir a energia à
noite. Para economizar espaço, as baterias são integradas nas paredes e nas
escadas.
Esta arca flutuante pretende ser uma verdadeira cidade
flutuante, autônoma e autossustentável. [Imagem: RemiStudio]
Como está
sendo projetada para ser usada em regiões onde o inverno é muito rigoroso, há
um cuidadoso sistema de aquecimento, também totalmente independente e que não
utiliza eletricidade.
O projeto usa
um sistema duplo com sais hidratados, que absorvem o calor excedente do fogão
ou da lareira, e uma unidade de armazenamento de calor feito com zeólitas.
Ambos funcionam com base unicamente em processos físico-químicos e são
reversíveis, o que significa que podem ser usados tanto para o aquecimento no
inverno, quanto como sistema de ar-condicionado no verão.
Outra
preocupação é com o fornecimento de água, que usa um sistema de circuito
fechado tanto para a água potável, quanto para a água de serviço. Ou seja, toda
a água da casa é reciclada continuamente, usando uma combinação de membranas
cerâmicas e vários processos eletroquímicos e fotocatalíticos.
O projeto
conta com a colaboração de uma série de empresas, cada uma das quais se
incumbiu de desenvolver sua tecnologia de forma a acomodá-la dentro da casa
flutuante até 2017.
Morar sobre
as águas
No Brasil, o
Instituto Mamirauá possui uma casa flutuante para realização de pesquisas na Amazônia que
incorpora alguns recursos de sustentabilidade.
Mas existem
vários projetos mais futurísticos para tentar levar os seres humanos para a
água sem poluir essas águas:
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